sábado, 31 de dezembro de 2022
Uma cozinha portuguesa, com certeza
sábado, 24 de dezembro de 2022
A Cozinha Brasileira
sábado, 17 de dezembro de 2022
Feijoadíssima da Senzala, rainha das Panelas brasileiras
sábado, 10 de dezembro de 2022
Cozinha da Itália
sábado, 3 de dezembro de 2022
Cozinha da França
Se você não é capaz de um pouco de feitiçaria, não se meta dentro de uma cozinha. Frase célebre do cozinheiro diplomata Jean Anthelme Brillat-Savarin. Dito isto, repito o que a maioria dos estudiosos de gastronomia dizem. Que a França é a maior cozinha do mundo. Tudo começou na época da Gália. Em que os chefes de cozinha competentes pelas suas criatividades eram promovidos a chefes de cozinha dos castelos medievais. A Nouvelle cuisine francesa, criação de Paul Bocuse é o exemplo dessas afirmações. Pois são iguarias preparadas com produtos da Safra atual. Sem gordura, sem farinha de trigo. Com pouca manteiga. Onde prepondera o quarteto Cor, Paladar, Perfume e decoração. Parabéns à França. Pela grande contribuição que deu a gastronomia nestes 2000 anos de existência. O prato Coq au vin é uma Celebridade das Panelas da Terra de Jean Marie-Antoine Carême.
Pablo Aluísio.
As mais elogiadas cozinhas de todos os mundos
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
Chefes de Cozinha
domingo, 29 de maio de 2022
Club do Gourmet da Paraíba
Club do Gourmet da Paraíba
O ideário que congrega pessoas amantes da boa mesa em nível Internacional. Pesquisa buscada pelo maitre Heleno Henriques de Araújo. Executado pelo chefe Wellington de Jesus e maitre Leandro Farias. Cardápio homenagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas.Também deixamos uma homenagem ao cidadão e pesquisador polonês Stephen Poplawski, criador em 1922 do equipamento liquidificador que revolucionou as cozinhas de todo o mundo.
Restaurante Palace Grill, João Pessoa, 08 de junho de 2022.
Cardápio da cozinha ameríndia pós colonização.
O descobrimento da América impulsionou novos horizontes culinários da cozinha Internacional, resultando em produtos como a batata, que nunca foi inglesa, pois é da cultura pré incaica, assim como o tomate, proveniente da Guatemala. O peru também surge na América, ave que existia antes da chegada dos colonizadores. So depois sendo levado para a Europa, onde desbancou o pato na preferência dos europeus. Historicamente o pato era permanência constante dos cardápios nos castelos, restaurantes e hotéis do continente europeu.
Nesta noite nessa noite obedeceremos o seguinte esquema técnico:
Entrada - Peixe do Rei Pacal que governou a civilização Maia por 70 anos, diretamente da cidade-estado Palenque. Significa um peixe grelhado, arqueado em disco de tapioca, coberto com molho de maracujá. Em Tupi Guarani a palavra maracujá significa "a comida que já vem na cuia". O peixe será guarnecido com batata inca e decorado com tomates secos, ricos em licopeno.
Segundo prato - Serviremos assado do imperador Pachaquteq que governou a civilização inca. Trata-se de uma iguaria dos povos pré-colombianos.
Sobremesa - Serviremos cartola, iguaria criada pelo Fidalgo holandês Elias Hickman, que em 1637 governou a Paraíba, a mando de Maurício de Nassau. Ele escreveu o primeiro livro de comida Brasileira chamado "A Comida Nordestina". O prato consiste em banana com calda de baunilha, coberta com o queijo sertanejo, banhada em mel de engenho.
Vinho - O vinho da noite será um tinto português do Alentejo. Uma assembleia das uvas trincadeira e Loureiro, um tipo seco, porém quando penetra nas papilas gustativas, transforma-se em agradável vinho adamado.
Desejamos a todos um feliz jantar e um ótimo vinho.
sábado, 22 de janeiro de 2022
Os casamentos encomendados das sinhazinhas do nordeste brasileiro
Picuí grande - Série reminescências 12
Os casamentos encomendados das sinhazinhas do nordeste brasileiro
O emissário falador era o cidadão que percorria a cavalo algumas fazendas da região apresentando uma espécie de cadastro pessoal dos pretendentes a casamento, rapaz ou mocinha, ao casal de fazendeiros de determinada propriedade rural.
Com um manuscrito rudimentar o emissário descrevia para os pais da noiva os caracteres pessoais do candidato a casamento. Por exemplo, na fazenda umburanas, distante três léguas do povoado x, existia uma mocinha querendo se casar com 18 anos, 1.68 de altura, pele branca, cabelos e olhos claros, alfabetizada, cujos dotes eram adiante mencionada. A senhorita Ana Lúcia possuía como dotes 2 novilhas de vacas de 4 eras, amojadas, 1 jumento grande raçador, 1 poltra alazão, do pé esquerdo branco, treinada para puxar charrete de 2 rodas, também presente dos seus pais. 3 marrans de ovelha cabeça preta e 1 bode pai de chiqueiro avermelhado. Os dotes era o segundo principal interesse do noivo pois já começava a vida com certo patrimônio.
Era marcado a data do encontro dos pais e dos possíveis noivos no povoado mais próximo. Constava do seguinte ritual: o emissário falador pronunciava em voz alta o rapaz que pretendia se casar com os respectivos pais, em seguida era apresentada a candidata a noiva, com seus pais e padrinhos. Rapaz e moça, principais atores dessa festa se olhavam por um determinado tempo e o noivo tomava a iniciativa de segurar as mãos da mocinha, beijando as mãos e anuncinando que aceitava o casamento para o próximo dia pela manhã, sendo que o senhor vigário realizava o mínimo de cinco casamentos por data marcada, de vez que o padre vinha da cidade maior montado a cavalo ou em charretes alugadas.
Uma vez confirmado o casamento, a festa se iniciava às nove horas da manhã após o casamento, com um grande cardápio de cozinhas regionais, que algumas vezes alcançava 100 pessoas. Iguarias como carneiro assado, bode e buchada, assados de garrotes, guizado de galo capão, peru, pato, guiné, eram acompanhados de farofa de feijão verde com cuscuz, batata doce assada na fogueira, arroz de graxa e farofa dos casamenteiros, regado a bebidas como vinho de Portugal, conhaque alcatrão, cerveja e em alguns casos raros, whisky. O interessante nesses casamentos encomendados é que nunca acontecia a separação dos mesmos. Ali se iniciava uma nova família como produtores rurais, sobrevivendo com os produtos surgidos no trabalho diário, sendo que uma vez por mês, o casal ia ao arruado mais próximo vender, trocar os seus produtos, por outros não produzidos em seu sítio, surgindo uma economia doméstica auto suficiente. Esse era positivamente os casamentos do nordeste de outrora, sendo que ambos os pretendentes participavam da festa com bastante alegria de sua parte e dos pais, padrinhos e convidados. O ponto maior dessa união futura era a colocação das alianças de ouro entre o noivo e a noiva. Significava um compromisso eterno entre os noivos.
Heleno Henriques de Araújo.
sábado, 8 de janeiro de 2022
Quem Eram os Tropeiros do Nordeste Brasileiro?
Picuí grande - Série reminescências 11
Quem Eram os Tropeiros do Nordeste Brasileiro?
Eram rapazinhos de 15 a 18 anos que espelhados no trabalho de bravura de seus pais e de seus irmãos, logo cedo enveradavam pela profissão de tocar a tropa, transportando mercadorias como feijão, milho, carne de sol, charque, couros cortidos de boi, do seridó até a Vila Nova da Rainha, hoje Campina Grande, cujos produtos eram entregues ao comerciante de vendas à grosso, sendo que os tropeiros descansavam por dois dias> Depois voltavam carregados com tecidos, café, rapadura, sal, sabão e querosene.
As caminhadas longas e duríssimas começavam às cinco horas da manhã, com três homens na comitiva, carregando os burros-mulos besteiro, cada um animal levando nas gangalhas 2 sacos de 40kg fortemente amarrados, encobertos com couros curtidos de boi para fugir do sol e da chuva. O café da manhã era composto de cuscuz e café com rapadura. Na frente da tropa ia o dono dos animais, montado em um burro-mulo forte, sendo que os demais burros seguiam o caminho do dono da tropa.
No meio da tropa ia o ajudante do dono da empreitada, montado em um burro-mulo forte que controlava os animais em caminhada. Na retaguarda caminhava o tropeiro cozinheiro, com os alimentos dos humanos acondicionadas em sacolas de couro e o milho que era dado toda parada de almoço em mochilas próprias, com 1kg para cada animal. O almoço era composto do famoso feijão tropeiro que era uma iguaria feito farofa, com linguiça defumada e em separado a preferida paçoca que era feita com carne de sol e charque desfiado. Ao pôr-do-sol a tropa se arranchava nas aguadas que eram espécies de pousada para homens e animais repousarem e se alimentarem, para no outro dia ao quebrar da barra já estarem caminhando novamente.
Os homens andavam fortemente armados com a peixeira, com fação e um revólver tipo parabelum, pois era comum nesse tempo existirem no sertão onças pardas, cobras venenosas e até índios. Um ponto alto dessa história eram os dois cachorros que acompanhavam a tropa. Um cachorro passarinheiro caminhava na frente do dono da tropa, detectando possíveis irregularidades para os caminhantes. O outro cachorro vinha na retaguarda dando proteção ao burro-mulo que carregava os apetrechos do cozinheiro.
O salário ganho pelo tropeiro era o suficiente para abastecer a sua casa de família pois esses homens geralmente casavam muito jovens pois aprendiam logo cedo pegar o bezerro pelo mocotó e a montar em burros brabos afim de amansá-los para a tarefa que transcrevemos. Eram homens bravos e destemidos que transportavam a riqueza do sertanejo e voltavam carregados com mercadorias manufaturadas de primeira necessida. Salve os velhos tropeiros do nordeste brasileiro.
Heleno Henriques de Araújo.