domingo, 29 de outubro de 2023

A Grande contribuição que o gado bovino proporcionou à gastronomia

A Grande contribuição que o gado bovino proporcionou à gastronomia

Pesquisa do maitre de hotel Heleno Henriques de Araújo, há 50 anos na gastronomia

Na era Paleolítica o homem desceu das árvores para caçar pequenos animais e assa-los na brasa ardente criando o que hoje chamamos de churrasco. Na era neolítica  o homem aprendeu a agricultar a terra plantando alimentos e criando panelas para cozinha-los. 

Em inscrições rupestres na Europa vemos figuras de um homem caçador e animais pequenos, além de um touro fortíssimo, mostrando a apreciação da carne bovina pelos humanos. Nos grandes hotéis e grandes churrascarias o boi é adquirido, abatido, cortado dm 4 quartos, dois no traseiro e dois no dianteiro, onde é despencado e produzidos os cortes mais apreciados pelos cardápios dos hotéis e churrascarias. Assim são geradas as peças que transcreveremos a seguir para produção de pratos, iguarias que enriquecem os cardápios de todos os mundos. São elas

Filé Mignon - Chateaubriand - Medalhões - Tournetoes - Escalopinhos - piccata - Strogonoff - Entrecourts - Bisteca - Chuleta - Tibonnet Steak - Contrafilé - Chá de dentro - Chã de Fora - Lagarto - Picanha - Maminha - Capas de costela - miolho de costela - fraldinha - costela mindinho - cupim - costela de ripa - baby beef, dentre outros. 

No Brasil ao que se tem notícia, as primeiras cabeças de gado vieram na segunda remessa das caravelas, um tipo de gado da linha taurina, sem cupim, de pelagem amarelada, para branco sujo, de porte médio, chamada de gado Mirandês, que nos pastos escassos do nordeste brasileiro, se aclimatou tãoo bem que recebeu o apelido de gado pé duro. Ele foi aprisionado nas terras limítrofes de Portugal e Espanha e distribuídos aos donos das sesmarias na proporcionalidade tantas vezes o número de pessoas das famílias. Assim se existia 4 pessoas na família dos sitiantes eram entregues 1 touro servindo de boi para puxar arado e 2 novilhotas. Se a família era maior, o número de animais aumentava. Desse gado abençoado surgiam o leite, a carne e a bezerrada do ano chuvoso, dando rendas para o sustento da família implantadora das fazendinhas. Os machos serviam para rasgar o roçado da agricultura com o arado e para puxar o carro de boi que uma vez por mês levava o arruado mais próximo a produção rural como grãos queijo, manteiga, galinha,, ovos e pequenas peças de pequenos animais abatidos. 

O carro de boi voltava à tarde com as mercadorias adquiridas para as próximas semanas, as quais não eram produzidas nas fazendinhas, como farinha de mandioca, rapadura, querosene, sabão, fumo, dentre outros. 

Por tudo isso é que o boi doado pelo almoxarifado da coroa portuguesa, sediado em Salvador, na Bahia, pelo almoxarife da nobreza da coroa lusa, senhor Garcia D Avila foi da mais alta importância para financiar as desperasa do crescimento da gleba rural. terminando dizemos que a língua bovina ao molho de verduras com batata doce e arroz campeiro mais feijão verde era um dos pratos mais apreciados aos domingos e dias feriados, nas comunidades ruralinas.