sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

RECEITAS SECULARES DAS FAZENDAS NORDESTINAS

CLUB DO GOURMET DA PARAÍBA
Matéria técnica buscada pelo Maitre D´Hotel Heleno H. Araújo.
Blog: clubdogourmet.blogspot.com.br
Joao Pessoa 07 de Março de 2018    tel 32446756  e 991511537

RECEITAS SECULARES DAS FAZENDAS NORDESTINAS

Prezados Gourmets e Distintas Confreiras

Desde os tempos imemorias que a gastronomia e as civilizações caminham lado a lado.
No Império Romano, que na geografia de hoje, dominou 70 países, trazia para Roma receitas de diferentes povos, acoplando-as ao glossário da estupenda cozinha italiana.
Em 1549 quando aqui chegou o primeiro governador enviado por Portugal, Tomé de Souza, uma doação dos processos das SESMARIAS, que consistia em doar terras brutas para famílias que nelas fossem produzir e residir, recebendo graciosamente além da terra duas novilhas de vaca e um toureco, criações de animais de serviço, ferramentas, sementes, para sustenbabilidade, para as famílias ruralinas. A rentabilidade das fazendas era tão produtivo que aos sábados, dia de feira semanal, os sitiantes iam ao lugarejo comprar apenas rapadura, café, farinha, sal, sabão, querosene e fumo. Ressalte-se a figura do homem ferreiro que produzia acessórios agricultáveis e montava os arados e as charretes às quais transportava moças e senhoras para várias localidades.

Criou-se então A CIVILIZAÇÃO DO COURO, em que tudo do boi se aproveitava, surgindo daí, uma culinária repleta de variedades, com realce para a macaxeira, milho, feijão, as castanhas, frutas como cajú, umbu, juá, quixaba, pitomba, banana, goiabinha araçá, proporcionando a criação de pratos memoráveis que até hoje fazem parte da mística cozinha brasileira.

Pratos como feijoada, carne de sol, paçoca, bode e carneiro, tapioca, cozido, pamonha, canjica, queijo das mais diferentes variedades, com o angu de queijo, queijo de sotão, queijo fresco, queijo de coalho de várias curas, tronquificaram e notabilizaram a cozinha do nordeste, uma das mais proeminentes do continente americano.

Baseado nessas informações fidedignas, alinhamos o cardápio essa noite de cozinha verde e amarela.

01. Para começar PEIXE DA PRETA IAIÁ DE MANÉ DE GIROMI, que significa um peixe de panela coberto com molho de queijo, de raspa de tacho, arqueado em pasta de proto pamonha, ricamente guarnecido com bolinhos de carimã, feito com fécula de mandioca fresca misturado com ovos de capoeira e creme de arroz da viúva endinheirada.

02. Continuamos com a galinha do mato, originalmente preparado com aves siriema, feita na caçarola destampada, montada em cima do arroz de graxa, acompanhado com filetos de quiabo quilombola.

03. Pudim da confreira Terezinha, com receitas que datam de três séculos.

04. Repetimos excelente vinho tinto cabernet chileno do jantar anterior.

Pensamento de autor anônimo: A juventude murcha como as flores do campo, cabendo ao bom jardineiro recuperá-las ou substitui-las por verdenas em crescente profusão.

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